
Ninguém discute o zagueiro Kannemann. Sua categoria de jogador, entrega e grau de competitividade não devem ser aprovados. Um jogador maravilhoso e comprometido com seu trabalho e seu clube. Ele é tão bom que os dirigentes, reconhecendo tudo isto, colocaram seus salários nas alturas.
Ele custa bem mais do que R$ 1 milhão por mês, dinheiro que o Grêmio não mais pode pagar. Já se foi o tempo que jorravam verbas de TV, prêmios por competição ou venda de jogadores. O que se tem hoje na Arena é uma pobreza franciscana e preocupante.
O patamar de salários deve baixar muito no Tricolor. E Kannemann está com vínculo terminando no final do ano e ele já pode assinar pré-contrato com qualquer clube.
Os dirigentes ficam receosos de renovar com ele, até porque Kannemann vem de uma cirurgia complexa e não se sabe afirmar como será seu futuro fisicamente falando. É hora de ver o custo e o benefício. Um assunto complicado que o Grêmio precisa resolver.
TRÊS CANDIDATOS
Alberto Guerra, Denis Abrahão e Odorico Roman são candidatos à presidência do Grêmio. Três respeitáveis figuras que pretendem encarar esta difícil missão. Querer presidir um clube com as dificuldades enfrentadas na Arena é um ato para ser muito respeitado.
O clube deve sair da Série B. E, saindo, terá de montar um grupo novo, contratar jogadores e achar técnico, já que Roger Machado não tem o agrado de todos. O clube está empobrecido.
Deverá ter amplo prejuízo este ano, já que não há a mesma verba de TV de Série A e não existe venda de jogadores. Enquanto isto, a folha de um time muito precário não baixa de R$ 10 milhões por mês. Quem ganhar terá muito trabalho pelo frente.
POUCA GENTE
A Arena Porto-Alegrense informa que o público de sexta-feira, no jogo entre Grêmio e Náutico, não deverá ser superior a 17 mil pagantes. Confesso minha decepção.
Claro que eu sei da fragilidade do time do Grêmio, sei do frio que está fazendo, de algumas dificuldades para chegar na Arena, mas confesso que esperava mais torcedores empurrando o time para sair deste buraco. Naquele ano da Batalha dos Aflitos, os gremistas lotavam o Olímpico em todos os jogos. E as dificuldades não eram muito diferentes.
Era até uma competição mais difícil, com dois quadrangulares e muito mais risco de não subir. Porque os gremistas não estão mais ao lado do seu time quando ele precisa?