Dois queridos leitores e ouvintes me lembram de um histórico recente do Inter, que pode ser reencontrado no domingo (10), no Mineirão. Paulo Vasconcelos, morador de São Paulo, mas gaúcho e colorado, ano passado vivia uma fase ruim no Brasileirão e foi ao Mineirão, com Abel de treinador. Empatou em 2 a 2. Noutra parada foi ao Maracanã e, mesmo que se diga que o Flamengo entrou pensando que tinha ganhado o jogo, tocou 4 a 0.
Mesmo raciocínio me faz o Régis Trevisani, o homem do galeto, que mesmo sendo gremista reconhece esta força que este time colorado tem demonstrado. O Potter, no Sala de Redação, conclui que o Inter joga como medíocre, ou seja, médio. Joga pouco contra os pequenos quando se acha e protagoniza vexames, mas faz uma luta definitiva contra os melhores e acaba com resultados favoráveis e surpreendentes.
É o que o torcedor do Inter precisa se apegar para este jogo tão complicado, contra o campeão brasileiro, lá no Mineirão. Perder no primeiro jogo seria normal não fosse o desastre da quarta-feira (6). Mas os colorados já começam a enxergar dificuldades maiores na frente. Ou, como diz o Guerrinha, uma perguntinha: "Até quando fica o treinador colorado?".
TEMPO DE TRABALHO
Cacique Medina tem pouco mais de cem dias de trabalho. Mesmo que esteja ainda recebendo contratações, já poderia ter um time minimamente armado e muito mais competente. O que não está nas mãos do treinador é a qualidade do time. Mas, dentro de um time modesto ou incompleto por falta de contratações, é importante ver uma maneira de jogar. Sem ela, o que é difícil nos leva a impossibilidade.
TEMERIDADE
O Inter anunciou o zagueiro Vitão por três meses. A menos que exista outra informação, não gosto deste negócio. Mais ainda vejo com muita preocupação os negócios que estão sendo feitos pela direção colorada. Cuesta está sendo liberado, mesmo que o grupo não tenha ninguém melhor do que ele. Moledo é um dúvida, pois tem um ano sem jogar e não se sabe exatamente quais serão suas condições de volta.
Bruno Méndez não deverá continuar, a menos que o Corinthians aceite prorrogação de seu empréstimo. Sobra Kaike Rocha como uma certeza. Por que liberar Víctor Cuesta com tamanhas incertezas? O Inter tem duas competições pela frente, viagens intermináveis e precisa de grupo e não de jogadores que saiam daqui três meses. As competições atravessam o ano. Será que tem gente lá no Beira Rio que não sabe disto?