Como o Grêmio conseguiu parar o Flamengo no primeiro tempo e ficou perto de marcar gols? Simples. Felipão montou um time competitivo e deu a ele alta dose de marcação.
Faltou oxigênio para os jogadores do Flamengo, que não conseguiam trocar dois passes e, atrás deles, estava Tiago Santos, de marcação feroz, tirando espaço e jogando rispidamente junto com Lucas Silva e Villasanti.
Como o Flamengo teve um jogador expulso e o Grêmio tomou um gol aleatório, o treinador gremista achou que poderia atacar o Flamengo. Ele não se deu conta de que o Grêmio não tem bola para isto. Tirou Tiago Santos e Lucas Silva — este até já tinha cartão amarelo — e colocou Campaz e Diego Souza.
Foi o suficiente para desmanchar o seu time e ver o Flamengo crescer, tocando bola com seus habilidosos jogadores e chegando com facilidade ao gol de Gabriel Chapécó. Com 10 homens, o Flamengo sobrou.
Diego Souza foi colocado como meia, mas com sua lentidão nada acrescentou. Se ainda puder jogar, Diego Souza só pode ser centroavante, onde ele consegue dar o último toque. Quanto a Campaz, uma estreia bem interessante, mas não é um marcador. Com isso, o Grêmio tomou a maior goleada da história em Copa do Brasil e na Arena.
Agora espero que Felipão mantenha a estrutura que começou o jogo contra o Flamengo diante do Corinthians, no sábado, às 21h. O Grêmio não tem time para se meter no ataque.
O Corinthians está se armando, vem conquistando vitórias e, mesmo sem ter a qualidade do Flamengo, está muito mais inteiro que o Grêmio. E esta partida precisa terminar com vitória tricolor. Defender muito para atacar, este deve ser o Grêmio contra qualquer adversário.
BOAS NOTÍCIAS — A fase não é boa para os gremistas. Pelo contrário, foi goleado pelo Flamengo e continua no Z-4 no Brasileirão. Os torcedores estão indignados, vendo que um clube que tem superávits financeiros continuados não consegue formar um bom time.
Os jogadores contratados, na sua maioria, não deram bom resultado e o clube gasta muito dinheiro com sua folha de pagamentos, com um grupo de atletas defeituoso. Mesmo nesta fase em que nada funciona com qualidade surgem duas boas noticias.
Villasanti fez um belo jogo contra o Flamengo. Naquele primeiro tempo de bom futebol do Grêmio ele jogou muito, se apresentou para o jogo e foi forte na marcação. Um jogador que parece ser completo nas funções de marcação, armação e até finalização.
A outra boa notícia, ainda carecendo de outros momentos de prova, é Campaz. Um jogador técnico, que tem bom domínio de bola, busca lançamentos em profundidade.
Eles podem aumentar a capacidade técnica do time do Grêmio, que é deplorável e muito longe do mínimo exigido por um clube que tem uma grande torcida, que tem grandeza e títulos de toda ordem e que está vivendo um dos seus piores momentos. Eu narro futebol faz 49 anos e nunca vi um time tão ruim representar o Grêmio como este que está em campo.
Agora é só procurar ser melhor do que quatro entre 20 concorrentes. É o que sobrou.