Lá em São Borja, onde nasceu o jogador Darlan, se diz que uma pessoa de pequena estatura é um piticinho. É uma forma fronteiriça, muito particular, que as pessoas tem de falar nesta região do estado.
No Grêmio de terça-feira (27), o piticinho foi um gigante tecnicamente. Gigante na presença, na armação das jogadas do Grêmio. Claro que qualquer avaliação do Tricolor no seu triunfo sobre o Vitória deve ser relativizada. O adversário tem um péssimo time. Mas, afora isso, Darlan repetiu suas qualidades. O toque curto, a intensidade, a jogada em profundidade. Qualidades que nenhum companheiro consegue repetir. Jean Pyerre continua sonâmbulo. Lucas Silva carece de aprimoração técnica. Foi Darlan que deu ao Grêmio a qualidade necessária para que a vitória viesse com facilidade.
Eu sei que é uma simplificação, mas é a certeza de que Felipão precisa promovê-lo a condição de titular já neste sábado (31) contra o Bragantino. O piticinho missioneiro, da terra de Celso Rigo, que é dono de parte do seu passe, é um jogador muito interessante e muito titular neste momento complicado do time do Grêmio.