Romildo Bolzan e Renato Portaluppi fizeram o discurso de contratação de jogadores que viriam para ser titulares. Seriam quatro ou cinco. Estes discursos foram ouvidos tão logo terminou a Copa do Brasil, que o Grêmio perdeu para o Palmeiras.
Só que o mercado está mostrando uma realidade complicada. Até agora, nenhum jogador foi contratado, e o discurso já mudou. O que se ouve falar neste momento é que poderão ser dois reforços.
Fracasso? Não. Realidade e comprometimento com o clube. Jogador médio não resolve os problemas técnicos do time. Jogador de primeira linha custa uma fortuna, o que pode comprometer a saúde financeira do clube — um dos grandes avanços da gestão de Romildo Bolzan.
Com isso, o clube se volta para a avaliação das categorias de base. O fato de ter baixado a idade da transição de 23 para 21 anos já é um forte sinal de que jogadores jovens poderão ser utilizados com brevidade, desde que mostrem competência. Contra o Esportivo, muitos jogadores foram bem.
Nesta terça-feira (16), num jogo de maior responsabilidade, podem surgir outros com boa resposta. Não vejo pressa para que jogadores sejam contratados. Melhor mesmo é fazer uma avaliação correta das possibilidades que a base oferece e depois, sim, buscar os investimentos — e ainda com muito cuidado, afinal, em 2020 foram contratados muitos jogadores, o clube gastou mais de R$ 50 milhões, e só Diego Souza deu resposta em alto nível. E olha que o centroavante custou barato, muito barato.