
A desistência na contratação do jogador Borré é uma grande medida tomada pela direção do Grêmio. Os dirigentes apostavam neste jogador e estavam dispostos a investir uma fortuna para sua contratação e, depois, seus salários. Seria um contrato de cinco anos, quase um casamento.
O jogador gostou da proposta — e quem não gostaria? — mas ficou "se encolhendo", ouvindo o treinador Gallardo ou esperando por uma proposta do futebol europeu onde, aliás, ele já passou e fracassou. Borré não é jogador da sua seleção. Nunca chegou a ser uma evidência técnica em sua seleção como, por exemplo, Guerrero consegue ser no Peru. Sua passagem na Europa foi fracassada. Ele só teve destaque e protagonismo no River Plate, onde teve o braço do seu treinador. Um bom jogador, mas longe de ser uma sumidade futebolística.
O Grêmio já entrou em fria com Bolaños, com Tardelli, com Thiago Neves, e estava correndo o risco de entrar em mais uma. Um contrato milionário, com longa duração, com um jogador hesitante se quer ou não vir. Que fique por lá, que seja feliz, mas longe do Grêmio, que é muito grande para esperar por jogadores que não têm a convicção de estarem chegando num grande clube. Pelo que sei, o Grêmio já está negociando com Roger Guedes, um jogador de qualidade semelhante e que, se estiver disposto a retornar ao Brasil, poderá ser um investimento melhor e mais tranquilo.