Romildo Bolzan está completando 2 mil dias como presidente do Grêmio. Ele está fazendo uma das melhores gestões na história do clube. Romildo conseguiu faturar muito sem deixar de lado a qualidade do time. Pelo contrário, enfileirou alguns anos com superávit financeiro e ainda comemorou seis títulos.
Foi na sua gestão que o Grêmio interrompeu a sequência de 15 anos sem títulos de expressão. Copa do Brasil, em 2016, e Libertadores, em 2017, foi só para começar. Romildo trouxe a torcida de volta à Arena, teve seu nome reconhecido em todas as esferas do clube, foi um belo negociador ao longo de sua gestão, trazendo de volta dirigentes que, por briga histórica, estavam afastados do clube. Construindo um clima amável dentro do Grêmio, conseguiu juntar forças e somar títulos.
Só que veio a pandemia, e com ela os desafios. O futebol parou, os patrocínios encolheram, as dívidas e contas a pagar todos os meses continuam correndo. Se conseguir vender um jogador, Romildo salva o ano. O mercado se encolheu, o valor dos direitos federativos dos jogadores ficou muito menor, os sócios encolheram, a loja está vendendo menos depois de ter ficado muitos dias fechada. Enfim, está ligado o alerta.
Certamente, ele terá de negociar salários com seus jogadores. O aspecto financeiro mudou radicalmente, e as despesas precisam também mudar. Romildo tem se manifestado com muita transparência. Ele sabe que se não tiver dinheiro extra terá de recorrer a bancos e suportar os juros inerentes. Chegou a dizer que o importante deste ano não é ganhar títulos, e sim chegar em 2021 vivo.
Romildo está diante dos seu maior desafio. Claro que ele já enfrentou outros desafios importantes e, em todos, se deu muito bem. Só que agora tudo é muito mais complicado. O torcedor gremista confia no seu presidente.