
No Sala de Redação, o presidente da Federação Gaúcha de futebol, Luciano Hocsman, esclareceu uma situação que atormentava a todos que gostariam de ver o reinício do Gauchão e a volta ao futebol. O que se dizia é que jogadores da dupla Gre-Nal recebem tratamento diferenciado em relação ao colegas do Interior, e que estes não teriam vacinas, ou que estas seriam por amostragem. Este primeiro e decisivo passo foi resolvido.
A FGF vai testar todos os envolvidos no jogo, o que dá um grau de tranquilidade muito grande. Claro que existem passos importantes a serem dados ainda para que possamos ter jogos oficiais. Vale lembrar que temos números bons no enfrentamento à covid-19.
Estamos melhor do que Portugal, apresentado como exemplo de eficiência pelo isolamento social e pelo respeito das pessoas daquele país. Lá morreram mais de cem, aqui não chegamos em uma centena. Verdade que lá a curva é descendente e aqui é crescente. Temos um ambiente sanitário para jogar futebol que pode ser qualificado como muito bom.
Luciano Hocsman fez reunião na tarde de ontem com o governador e lhe apresentou os protocolos. Como era de se esperar, Eduardo Leite não foi definitivo. Ele levará o protocolo para o Comitê de Crise, que fará avaliação e devermos ter alguma uma resposta até sexta.
COLORAÇÃO — Sendo o Gauchão disputado em muitas cidades, é importante ver qual a coloração que o governo do Estado propõe para as regiões do Estado, considerando as regras e as bandeiras que estão sendo aplicadas para maior ou menor preocupação e isolamento social. Neste momento, não temos nenhuma região com a cor preta, que seria o grau máximo, onde tudo deveria ser fechado.
A cor vermelha, que requer cuidados importantes, está nas cidades de Lajeado e Passo Fundo. No entanto, estas duas cidades não têm time no Gauchão. Então, restam as cores laranja e amarelo. Este é o quadro de hoje que pode sofrer modificações e tomara que sejam para melhor. É por meio deste quadro, cuidadosamente elaborado pelo governo, que teremos decisão sobre a volta do futebol. Mas, claro, tudo podendo mudar.
CUIDADOS — O trabalhador mais cuidado neste momento entre nós é justamente o jogador de futebol. Os clubes têm sido até extremistas. Claro que futebol é um esporte de contato, o que pode trazer problemas. Esta é uma situação que precisa ser cuidada pelos médicos.
Mas pense comigo: o trabalhador da construção civil, o motorista de táxi ou aplicativo, o frentista do posto de gasolina ou qualquer profissão. Quem tem tantos cuidados como nossos atletas? E se sabe agora não são apenas os da dupla Gre-Nal. Os do Interior que irão jogar no Gauchão serão testados e retestados.