Li em GaúchaZH a coluna do querido colega David Coimbra sobre a necessidade que temos de voltar com o futebol. Precisamos vencer obstáculos, precisamos de sugestões, precisamos desafiar as dificuldades e tentar pular, um a um, cada problema que se apresente.
O Inter acaba de demitir 44 funcionários e seu presidente diz que, se o futebol não voltar dentro de uma prazo médio, o prejuízo anual deverá ser de R$ 100 milhões.
Não estou pedindo loucuras. Peço treinamento para os jogadores, peço que os jogos sejam disputados numa área de coloração aceitável, quero diminuição drástica dos riscos.
Quanto ao campeonato que pode ser disputado, quanto às novas regras que deverão ser colocadas, isto tudo vira detalhe. Estamos num momento diferenciado, onde o que não era admitido passou a ser.
O David tem razão: precisamos jogar.
Três sedes

Ter três sedes é a proposta de Luciano Hocsman, presidente da Federação Gaúcha de Futebol (FGF). E isto vale para as três rodadas que faltam na fase de classificação. Depois, tudo fica mais fácil, com as semifinais e as finais.
Com três sedes, garante-se a viabilidade sanitária e se termina a classificação. Difícil imaginar que poderíamos ter um campeonato normal. Esta é apenas uma solução.
Os hotéis, que estão completamente vazios, poderiam receber delegações por preço muito melhor, restaurantes podem vender por menos suas refeições. Ou seja, há gordura para negociações. Claro que não é nada fácil, mas é na crise que a gente pode crescer e tirar os espinhos da nossa frente.
Retornos
Coreia do Sul e Alemanha estão retornando com o futebol. Sabemos que eles têm mais condições e mais cultura para resolver dificuldades. Mas não deixa de ser um sopro de esperança para quem gosta de futebol.
Jogadores na Itália, na Espanha e, agora, em Portugal, estão voltando aos treinamentos, só que sem saber quando jogar. Em todos estes casos, o pico da coronavírus retrocedeu. Aqui, ainda não, mas como diziam que o pico seria em abril, e abril já se foi, não tenho mais certeza de nada.