Não é por falta de tentativas. Todas elas compreensíveis, afinal, quem dirige um grande clube precisa ter ousadia. Notadamente, um clube que faturou mais de R$ 300 milhões nos últimos anos, só com venda de jogadores e contrato com a Globo. No entanto, o Grêmio não está dando sorte.
Me lembro do Cebolla Rodríguez, jogador destaque na Europa, astro da seleção do Uruguai, que não conseguiu jogar no Grêmio. O outro grande movimento foi com Miller Bolaños, uma contratação muito cara e que foi recebida com entusiasmo por todos, mas que não deu certo. O jogador acabou ficando fora de muitos jogos porque não queria jogar. Deste, pelo menos, o Grêmio conseguiu uma certa recuperação financeira quando o vendeu para o clube Tijuana, do México, onde ele está até hoje.
O mesmo aconteceu com Arroyo, outro equatoriano que só passeou em Porto Alegre. Continuando a lista de fracassos das contratações, chegamos a André. Custou R$ 10 milhões, ganha alto salário e não consegue jogar com competência, apesar da incrível paciência do treinador Renato.
Tem ainda Marinho, que nunca conseguiu destaque e que foi vendido para o Santos. Mais um negócio que custou caro, mas que teve algum ressarcimento financeiro.
Não sei se esqueci algum outro investimento, mas chego a Diego Tardelli. Custa muito e não consegue jogar. Ninguém sabe como isto vai terminar, mas se é verdade que ele custa, entre aluguel dos direitos federativos e salário, R$ 1,2 milhão por mês, ele já ganhou, em seis meses, R$ 7,2 milhões. Se não for negociado, ou seja, se cumprir o contrato de três anos, custará ao Grêmio R$ 43,2 milhões.
Enquanto isto, jovens como Walace, Pedro Rocha, Arthur, Everton, Mateus Henrique, Pepê, Jean Pyerre e outros são soluções técnicas muito importantes e que geram receitas fabulosas para o clube, que vive uma situação financeira muito boa dentro do quadro atual do futebol brasileiro.
Fica claro que, cada vez mais, vale muito o investimento nas categorias de base — o que o Grêmio tem feito com resultados muitos importantes.