Vamos começar pelo que é ideal em uma disputa de mata-mata de Libertadores da América para quem joga a primeira em casa: fazer vantagem, espraiar diferença no escore e partir para o segundo jogo com a classificação encaminhada. Lógico que o adversário virá contra tudo isso.
Aliás, na fase de grupos, este Libertad, que enfrenta o Grêmio nesta quinta-feira (25) em Porto Alegre, às 21h30min, pelas oitavas de final da competição continental, ganhou o jogo por 1 a 0. Não é um grande time, mas é feito por jogadores veteranos, matreiros, que sabem cozinhar uma partida e fazer suas vantagens. Isso pode ser perigoso.
O toque de bola do Grêmio comandado pelo técnico Renato Portaluppi está garantido. Os volantes Maicon e Matheus Henrique, mais o inestimável auxílio de Alisson, representam posse de bola, toques repetidos, mas sempre com aquela incerteza de que tudo isso será transformado em gols. E o Tricolor precisa de gols e da vantagem, porque no Paraguai, no confronto de volta, em 1° de agosto, no Defensores del Chaco, deverá encontrar um grau de dificuldade muito maior.
Efetividade
Não dá, portanto, para não ter eficiência ofensiva em um momento tão importante da temporada. André precisa de seis ou sete jogos para balançar a rede. Pode ser até que faça contra os paraguaios, mas não surge como a grande esperança da torcida tricolor para marcar. Alisson fez um golaço na Bahia, mas também não é rotina na sua vida profissional. Vamos torcer para que se repita.
E tem Everton, este sim, insinuante, atrevido, técnico e habilidoso. Um atacante de Seleção Brasileira. Vai precisar dos lançamentos de Jean Pyerre, o jovem meio-campista que decretou a reserva para Luan e Diego Tardelli. Dos seus pés nascem lançamentos maravilhosos, milimétricos, incomparáveis, como aquele que fez para Pepê, contra o Fortaleza, no final do jogo, em Caxias do Sul, pelo Brasileirão.
O Grêmio precisa das suas forças e não deve tomar gol em casa, porque ele tem validade dupla no desempate. Dá para ganhar, dá para fazer escore, o que passa, naturalmente, pela efetividade ofensiva.