Foram os reservas. Os dirigentes colorados encenaram o prejuízo do TJD-RS para explicar que colocariam time reserva em campo. Ora, todos sabem que não queriam arriscar a boa fase da Libertadores, que Nico, Patrick e Rafael Sobis não poderiam jogar. Além deles, D'Alessandro deveria ser poupado. Sendo assim, montaram a cena teatral de dizer que, em protesto, colocariam time reserva.
Em contrapartida, o Grêmio ficou quieto até o momento de divulgar a escalação. Entrou com reservas. Torcedores que pagaram caro para ver um time receberam outro.
Estas atitudes não são inéditas. Só lamento a falta de evolução do pensamento dos dirigentes. São muito parecidos, historicamente, e repetem os erros e as atitudes seculares que nada contribuem para o futebol.
Gre-Nal é sempre Gre-Nal, com reservas ou titulares, valendo pontos ou não.
Jogo ruim
Faltando os grandes jogadores, faltou também um futebol de má qualidade. O Inter segurava o Grêmio até que aconteceu a expulsão ingênua do jogador Nonato.
Sobrou espaço para que os jogadores do Grêmio tocassem a bola. E exatamente assim foi construído o gol de Leonardo Gomes, recebendo um passe certeiro de Montoya, depois de muitos toques envolventes dos jogadores gremistas.
No segundo tempo, mesmo com um homem a menos, o Inter buscou o empate, mas faltou capacidade técnica para seus jogadores. Mesmo assim, criou duas situações para marcar.
Mas foi um jogo ruim, chato, jogado no meio-campo na maior parte do tempo. Estragamos um Gre-Nal que poderia ser maravilhoso por obra dos dirigentes. Dos colorados, que enceram um complô contra seu clube, e dos gremistas, que responderam na mesma medida.