Lembro da gritaria feita pelos gremistas na época da venda do volante Walace para o Hamburgo, da Alemanha. Representantes do clube, muito bem alinhados com a direção, meteram a boca no clube alemão, nos empresários e no jogador.
Falaram em aliciamento, mas os europeus não deixaram de pagar 10 milhões de euros, o que, convenhamos, é uma quantia nada desprezível por um volante. Seu fracasso por lá mostra que foi um bom dinheiro.
Agora, de certa forma, o Grêmio faz o mesmo. André não quer jogar pelo Sport Recife contra o Santos-AP, pela Copa do Brasil. É uma partida importante, que garante R$ 1 mi para os pernambucanos em caso de classificação.
Ele está a fim de jogar no Grêmio. Deve ter recebido uma proposta salarial convidativa, vai jogar a Libertadores ao invés da Copa do Nordeste, enfim, lhe foram apresentadas vantagens irresistíveis. Tudo muito parecido com o que fez o Hamburgo.
Só que, repito, os alemães pagaram 10 milhões de euros. E o Grêmio quer pagar quanto ? O Sport fez o preço. Falo isso para concluir que o mercado é assim. Quem tem põe, quem não tem, tira. Quem pode, banca. Quem não pode, recebe. Sem gritarias histéricas. A banca paga e recebe.