O Barcelona quer contratar Arthur. Falou com o jogador, acertou com ele, divulgou fotos com o volante de camisa do clube catalão, irritou a direção do Grêmio e chegou a ser denunciado por aliciamento.
O Grêmio quer André. Falou com o jogador, acertou salário e tempo de contrato, André abandonou o time para forçar seu desligamento. Não são coisas diferentes.
Nestas negociações, aparece um fator comum: os clubes donos dos direitos federativos destes jogadores — Grêmio e Sport Recife — não admitem baixar o valor da multa contratual estabelecida em contrato.
O Grêmio só solta Arthur caso os espanhóis paguem 50 milhões de euros. O Sport só libera André por R$ 50 milhões. São ações e reações muito semelhantes.
É assim o mercado do futebol. O Grêmio já está atrás de outro centroavante. A diferença de R$ 40 milhões é definitiva. A menos que o jogador consiga pressionar seu clube a aceitar a proposta do Grêmio.
Quem perde jogadores não pode se queixar. O maior engole o menor. E o mais fraco tem de buscar suas defesas para que o mercado não o deixe chupando dedos depois de levar seus craques.
Última chance
Trocou a direção do Sport Recife, fato que pode gerar novidades. André deixou de jogar. Recebe salários com três meses de atraso e quer jogar no Grêmio.
Seus empresários chegaram a Recife nesta segunda-feira. O Grêmio ofereceu R$ 10 milhões e tenta matar o Sport no cansaço. Só que os gremistas têm muita urgência de contar com o jogador.
Pode ser que, finalmente, ocorra o negócio que se arrasta por quase cem dias. O mercado indica grande dificuldade para contratar jogadores de qualidade nesta posição.