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O sujeito é um monstro e assessorava o próprio "Coisa Ruim Carcará Sanguinolento, o Demo em pessoa". Perdão pela crueza no comentário.
Não bastasse ser nazista, é pedófilo.
Um médico alemão condenado no Chile por cumplicidade no abuso sexual de menores em uma seita nazista que realizava atos de pedofilia deve cumprir a pena na Alemanha. Hartmut Hopp, 76 anos, era mão direita do nazista condenado por pedofilia Paul Schaefer, que em 1961 fundou a comuna Colônia Dignidade, no Chile, onde os residentes foram doutrinados e mantidos como escravos virtuais por três décadas. Schaefer também colaborou com a ditadura de Augusto Pinochet, cuja polícia secreta usava o espaço da colônia, localizada cerca de 350 km ao sul de Santiago, para torturar oponentes.
São conhecidos os tentáculos dos nazistas nas ditaduras militares, em especiais na Argentina e no Chile. Foram professores do horror. Na Argentina, são conhecidos relatos de torturados em centros militares que sofriam seus suplícios ouvindo frases antissemitas. Aliás, dos 30 mil mortos e desaparecidos argentinos, estima-se que 10% eram judeus.
Hopp foi condenado em 2011 por cumplicidade em 16 casos de abuso sexual de crianças, mas retornou para a Alemanha e se refugiou na cidade de Krefeld dois anos depois, pouco antes de o Chile aplicar a sentença. Mas agora promotores de Krefeld pediram à justiça que Hopp cumpra sua pena de cinco anos de prisão no seu país de origem, indicou um porta-voz do órgão. Agora a decisão depende do tribunal encarregado do caso, que deve escutar os argumentos da defesa, segundo o qual a pena no Chile não é conforme com o direito penal alemão.
Em abril, a Alemanha informou que estava retirando o sigilo dos seus arquivos sobre a seita, e o ministro das Relações Exteriores, Frank-Walter Steinmeier, admitiu que o serviço diplomático falhou em impedir os abusos. Diplomatas alemães "olharam para o outro lado e fizeram muito pouco para proteger seus cidadãos nesta comuna", reconheceu Steinmeier. A dimensão das atrocidades foi revelada apenas após o fim do regime de Pinochet.
Em 1997, Schaefer foi acusado em uma série de ações judiciais e fugiu do Chile. Foi preso na Argentina em 2005 e em seguida condenado no Chile por abuso sexual de crianças, posse de armas e violação de direitos humanos. O nazista morreu num presídio chileno em 2010 aos 88 anos, enquanto cumpria pena de 20 anos. Antigos moradores da comuna estão movendo ação judicial contra o Estado chileno por permitir que o campo tivesse operado por tantos anos, durante os quais um grande número de vítimas foram abusadas e escravizadas.
Vídeo fala sobre a colônia e mostra como ela é hoje:
Saiba mais sobre a Colônia Dignidade
A Alemanha vai abrir antecipadamente os arquivos mais recentes, de 1986 a 1996, sobre a Colônia Dignidade, fundada no Chile por um ex-nazista e local de torturas e abusos sexuais durante a ditadura de Augusto Pinochet, anunciou o ministro Frank-Walter Steinmeier. "Decidimos reduzir 10 anos no prazo de proteção, assim, vamos colocar à disposição dos historiadores e da imprensa os arquivos do período 1986 a 1996", indicou o chefe da diplomacia em Berlim, depois da difusão de um filme sobre esta colônia. Steinmeier recordou que esse prazo de proteção era de 30 anos e que os arquivos anteriores a 1985 já podiam ser consultados. Cerca de 120 ex-habitantes da colônia decidiram abrir um processo coletivo para obter uma reparação pelo que consideram prejuízos causados por "uma das seitas mais perigosas da história da Humandiade", nas palavras de seu advogado e ex-vítima, Winfried Hempel. O grupo pede US$ 1 milhãos para cada ex-colono, e o processo foi apresentado tanto contra o Chile quanto contra a Alemanha, acusada de não ter protegido seus cidadãos.
Steinmeier reconheceu que a gestão por parte das autoridades alemãs da época da Colônia Dignidade não esteve "à altura da história do ministério alemão das Relações Exteriores". "Durante longos anos, entre os anos 60 e os 80, diplomatas alemães no Chile olharam para o outro lado", afirmou. "Em todo caso, fizeram muito pouco para a proteção de seus concidadãos nessa colônia."
Fundada em 1961 como obra de caridade no sul do Chile, Colônia parecia um sítio quase idílico, onde os homens se dedicavam à agricultura, as mulheres, às tarefas domésticas e as crianças participavam de corais e grupos de dança. Mas em seu interior se escondeu por mais de três décadas um sórdido sistema de doutrinação e trabalho escravo, que, nos 17 anos de ditadura de Pinochet (1973-1990) foi usado como centro de detenção e torturas de presos políticos. Mesmo depois de descoberta a verdade e interrompidas as brutalidades, as autoridades alemãs não mostraram "determinação nem transparência necessárias para identificar os responsáveis e tirar lições adequadas", admitiu Steinmeier. Ex-cabo do exército nazista, Paul Schäfer fundou a colônia, localizada 350 km ao sul de Santiago. A dirigiu usando de brutalidade e abusava sexualmente de menores. Em 1997, sete anos depois da volta da democracia ao Chile, choveram denúncias contra Schäfer. Foragido até 2005, foi encontrado na Argentina. Morreu na prisão em 2010, cumprindo 20 anos de prisão.
A Colônia Dignidade foi reconvertida em complexo turístico e agrícola sob o nome de Villa Baviera, e tenta desde então viver com a mesma estética de uma aldeia tipicamente alemã, cercada de montanhas e muito verde.
Hoje vivem ali apenas 160 pessoas, idosos em sua maioria.
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