Ao ler na edição do fim de semana em Zero Hora a coluna do querido amigo Flávio Tavares, recordei entrevista que fiz com um médico judeu que relatava o atendimento dado pelo seu hospital, em Israel, a adversários árabes na Guerra do Yom Kipur. Na minha concepção de justiça, respeito às diferenças e boa índole, já não havia justificativa aceitável para um médico rejeitar um paciente como a pediatra gaúcha fez. Eu lia os argumentos e, sinceramente, ficava escandalizado. Tenho muitos amigos médicos e sei das restrições que eles têm em relação ao governo petista, em especial depois do episódio envolvendo a contratação de cubanos para trabalhar no interior do Brasil profundo. Ok. É muito forte minha vocação para ouvir todos e procurar entender os argumentos, mesmo que discorde. Mas, gente, no caso do menininho de UM ANO DE IDADE, o troço vai além de qualquer compreensão. Já vejo com desconforto a negativa a tratar a saúde de qualquer pessoa. Mas neste caso, além do mais, o menininho é o paciente – não são os pais!!! Buenas, o fato é que o ótimo texto do Flávio fez eu me lembrar deste episódio lindo que recupero abaixo. Aliás, faço aqui uma ressalva num péssimo e grosseiro paralelo, feito com o intuito de radicalizar ao extremo, mesmo: se eu fosse médico, jamais atenderia Hitler. Sim, confesso que eu até o deixaria morrer. Mas atenderia seus filhos!!!
Juramento de Hipócrates
Relato de médico judeu que atendia, em hospital israelense, inimigos árabes feridos na Guerra do Yom Kipur
Ainda sob a polêmica da pediatra gaúcha que rejeitou o atendimento a uma criança de um ano, filha de pais petistas, recupero uma bela história
Léo Gerchmann
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