O momento é daqueles em que nada vira crise no Grêmio. Estreando na Copa do Brasil contra o Goiás, houve um pênalti a favor, Luan e Jael queriam bater. As câmeras flagraram o centroavante apelando com o meia para poder cobrar. Jael já tinha dado passe para o gol de Everton, mas centroavante, combinemos, gosta de balançar as redes.
Mais do que gostar, precisa, imagine quando o concorrente é André, cheio de fome de ser titular e protagonizar uma daquelas duplas endiabradas com o próprio Luan. Havia elementos na cena para uma pequena crise, já que o impasse não se resolvia entre os dois pretendentes. Ambos se voltaram para Renato Portaluppi que, da beira do campo, ordenou que Luan cobrasse.
Jael nem cogitou resmungar. Mesmo assim, algum desconforto poderia restar com a decisão do treinador. Então, Luan converteu a cobrança e imediatamente procurou Jael para abraçá-lo. Simultaneamente, Jael também se dirigia a Luan para comemorar o gol. Nenhuma aresta ficou, selou-se a paz antes de qualquer pequeno conflito virar algo maior.
Os jogadores estão felizes em jogar no Grêmio, o comando é reconhecido por titulares e reservas, as coisas fluem com o sucesso e o sucesso faz as coisas fluírem. Neste sábado, com os reservas e André, o Grêmio enfrenta o Botafogo no Rio. Pode fazer um time bem competitivo com Michel, Jaílson, Alisson, Thonny Anderson, Maicossuel e outros que poderiam ser titulares em outra equipe grande brasileira.
Terça-feira que vem, estarei ao lado de Pedro Ernesto Denardin na cabine da Gaúcha no jogo contra o Cerro Portenho na Arena. Uma vitória gremista tira a liderança dos paraguaios. É o resultado mais lógico neste momento em que o Brasil reconhece no Grêmio o melhor futebol que se joga nestas terras.