Esqueça a imagem do hacker como um nerd solitário "lutando contra o sistema". Os ransomwares, ataques a bases de dados com a finalidade de cobrar resgate e fazer chantagem, tornou-se um braço do crime organizado que tem à sua disposição plataformas na internet que fornecem todos os passos necessários, inclusive o programa invasor. Virou negócio. Tanto, que Roberto Rebouças, gerente-executivo no Brasil da Kaspersky, reconhecida empresa global de segurança, usa termos do universo corporativo para descrever o atual estágio desse tipo de delito. Diz que há plataformas de "crime como serviço", uma analogia ao "bank as a service", ferramentas legais para atividades financeiras. Avisa às empresas que são alvos marcados, mas também a todos nós, usuários de múltiplos serviços digitais, que temos de reaprender as regras de segurança para não "dar mercado" aos criminosos. O cenário já foi retratado em séries de ficção, como Startup, disponível na Netflix). Para quem quer saber mais sobre o assunto em formato leve, a coluna recomenda o episódio 21 da oitava temporada de Last Week Tonight with John Oliver, disponível da HBO.
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"Não é mais 'se' a empresa vai ser invadida, mas quando", diz especialista sobre ataques cibernéticos
Gerente-executivo da Kaspersky afirma que ransomware virou braço do crime organizado alimentado por plataformas de serviço
Marta Sfredo
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