O economista gaúcho Marcelo Cabral saiu do Brasil há 32 anos. Atuou em mesas de investimento em Nova York, Londres, Luxemburgo e Hong Kong. Foi executivo de bancos como JP Morgan, Morgan Stanley e Credit Suisse. Era presidente do Bradesco Europa e da Bradesco Securities, em Nova York, quando decidiu fundar a gestora de ativos Stratton Capital, referência à cidade do Estado de Vermont, na fronteira com o Canadá, onde tinha uma casa "de férias" mas passou a viver na pandemia. Em Stratton, um bucólico mas sofisticado destino de sky, o prédio mais alto tem quatro andares e a covid-19 parece controlada, contou:
— Estou em home office e nem penso em voltar (a Nova York). As coisas lá ainda estão complicadas, porque a gravidade da pandemia varia muito conforme a região. Em Vermont, houve apenas duzentas e poucas mortes.
No Brasil, o risco é maior, não só à saúde mas ao bolso, avalia. E embora tenha perdido o interesse dos investidores internacionais há mais tempo, sofre adicionalmente com questões políticas e incerteza jurídica.
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"Brasil sofre como emergente e ainda por questões políticas", diz gaúcho que vive nos EUA
Com passagens por bancos como JP Morgan, Morgan Stanley e Credit Suisse, Marcelo Cabral diz que investidor brasileiro é "pré-globalização"
Marta Sfredo
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