Ele se tornou conhecido como Galeazzi Mãos de Tesoura, e não é por fazer esculturas em plantas. Claudio Galeazzi acumula podas em vagas de trabalho como poucos brasileiros. Sua especialidade é comandar processos de transformação em empresas abatidas por crises graves. Aos 68 anos, lançou um livro em que conta bastidores desses processos. E não fugiu da polêmica no título: Sem Cortes. Entre as revelações do livro, estão algumas sobre o próprio autor: na juventude, foi uma espécie de beatnik (movimento cultural dos anos 50 e 60 que pregava o antimaterialismo) e não tem graduação superior. No livro, há capítulos identificados pelos nomes das empresas
que ajudou a reestruturar – como Lojas Americanas e BRF. Só há uma exceção: uma que
identifica apenas como "A Firma". Perguntado sobre os motivos pela coluna, explica:
a sonegação "beirava a criminalidade".
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"Não sou um sádico que gosta de cortar", diz consultor especializado em reduzir quadro de pessoal
Claudio Galeazzi, mais conhecido reestruturador de empresas no Brasil, afirma ter eliminado "milhares" de empregos, mas também salvo "dezenas de milhares"
Marta Sfredo
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