Presidente da Associação Brasileira das Empresas de Geração de Energia Limpa (Abragel), o gaúcho Ricardo Pigatto está desolado com o fracasso nas negociações para que a Shanghai Electric assumisse as obras do Lote A. Além do destravamento de R$ 4 bilhões em transmissão, projetava a liberação de R$ 11 bilhões em projetos de parques eólicos. Agora, avalia que a melhor solução para a relicitação do reforço ao sistema elétrico (1,9 mil quilômetros de linha de transmissão, oito novas subestações e 14 ampliações em subestações) é seu fatiamento em lotes menores, que possam ser feitos ao mesmo tempo por diferentes investidores, para reduzir o severo impacto do atraso nas obras. Pigatto teme até que, sem providências emergenciais, exista risco de apagão no próximo verão.
Respostas capitais
"Se houvesse crescimento, estaríamos à beira do apagão", diz empreendedor sobre atraso em projeto de energia
Diante do fracasso da tentativa de transferir responsabilidade de obras de transmissão à chinesa Shanghai Electric, separar o conjunto seria a melhor solução para evitar impasse futuro
Marta Sfredo
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