Subtítulo de um livro meu, recente, em que considerava o quanto somos um país de miseráveis, pois a parcela pobre ou miserável da população é gigantesca, certamente jamais calculada direito, sempre "por cima", no grito, a olho. Nem incluo aqui os miseráveis dos campos e povoados do Norte e Nordeste, ou mesmo Centro, ou por todo o Brasil, sem água potável, sem esgoto, sem casa que se possa chamar assim, morrendo à mingua devido à seca eterna, como o menininho que certa vez citei aqui, que, quando interrogado pelo repórter sobre o que gostaria de comer se pudesse pedir, respondeu com vozinha débil (Lygia Fagundes Telles chamaria "voz de formiguinha debaixo da mesa"): arroz.
Quem somos?
Amor e dor
Um país que tem tantos miseráveis e tantos bilionários desonestos é, em si, criminoso
Lya Luft
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