Carballo estará de volta ao meio-campo. Kannemann, possivelmente, à defesa. Serão acréscimos importantes nesta decisão. Mas o maior dos reforços estará do lado de fora, numa Arena cujos ingressos se esgotaram no começo da noite de terça-feira, 90 horas antes de a bola rolar para a final. A previsão de mais de 50 mil pessoas no estádio na final são o prenúncio de um caldeirão fervilhante contra o Caxias.
Sim, houve metade do Centenário a empurrar o Grêmio no último fim de semana. Foram 8 mil torcedores de azul cuja importância ninguém contesta. Mas multiplica-se por seis esse barulho e, assim, se terá uma ideia do ambiente da decisão.
O exemplo recente que se tem é do jogo de volta contra o Ypiranga. Ali, quase 40 mil gremistas empurraram o time para virar um confronto que chegou a estar 3 a 1 para os visitantes a 38 minutos do final. O gol de Thaciano acionou um turbilhão que atordoou os adversários. A atmosfera criada pela torcida a partir daquele momento e o rugido que vinha das arquibancadas alicerçaram a virada do time. Só foi possível chegar aos pênaltis porque a torcida veio junto e misturada.
Imagino um ambiente parecido neste sábado (8). A vacilação em Caxias permitiu que o confronto viesse aberto para Porto Alegre. O Grêmio deixou escapar a chance de resolver tudo na Serra e fazer da partia de volta um compromisso protocolar.
Há, claro, um cenário diferente daquele do sábado contra o Ypiranga. Pelo resultado no jogo de ida e, também, pela volta de jogadores de hierarquia. Carballo e Villasanti formarão a dupla de volantes. Cristaldo estará inteiro e não com capacidade para jogar somente 25 minutos. Kannemann também deve retornar, e sua presença dá estofo e força mental ao time. Renato poderá colocar em campo a ideia adotada a partir da metade da fase classificatória, de um meio-campo mais móvel e criativo, que torna o time uma máquina ofensiva.
É com Carballo apoiando o trio de meias, é com Suárez e é com uma atmosfera criada por 50 mil vozes que o Grêmio espera o Caxias.