Aos poucos, o Inter vai implementado a mudança de fotografia prometida no grupo. Nos últimos dias, Cacique Medina recebeu dois volantes novos, Gabriel e Bruno Gomes, e o tão esperado lateral-direito, o argentino Fabrício Bustos. São reforços que, podem apostar, aproximam o técnico daquilo que imagina para o time. Sem contar que Bustos e Bruno são jogadores jovens. O lateral tem 25 anos e ambição de voltar à órbita de Lionel Scaloni. O volante buscado no Vasco completará 21 anos em abril. Deixa São Januário sem confirmar o status de uma das maiores promessas de sua geração, mas com lastro suficiente para confirmar as expectativas longe da alta pressão que viveu o clube nos últimos dois anos.
Gabriel vinha atuando, tanto que já estreou no sábado (12), em Caxias do Sul. Bustos e Bruno, no entanto, ainda levarão alguns dias para ficar disposição. O primeiro não atua desde 21 de dezembro, quando se encerrou a temporada argentina. O outro, desde 21 de novembro. Neste ano, acabou apartado da pré-temporada quando sua saída começou a ser negociada. Talvez estejam disponíveis para o Gre-Nal do dia 26, o que permitirá para Medina deixar o Inter muito próximo daquele conceito de jogo que adota. Bustos é um lateral-direito agressivo, lembra muito Saravia, principalmente, depois da lesão, quando tinha mais apetite ofensivo do que segurança defensiva.
Bruno e Gabriel são volantes de pegada forte, mas capazes de dar maior dinâmica e conectar as duas áreas. Têm como característica roubar a bola e sair em velocidade, que se repete no momento de recomposição. Como joga com o time em um bloco a partir da intermediária de defesa, a recuperação rápida da bola evita contra-ataques. Por isso, a chegada deles e de Bustos é saudada no Beira-Rio. Mais um extrema, um centroavante e um zagueiro, e Medina poderá contar com o grupo para dar a largada efetiva na construção do seu time.
Rotina no gol
A imagem ao lado é do craque Ricardo Duarte, meu amigo e companheiro de coberturas de longa data. Ela ajuda a mostrar uma das razões para o grande momento vivido por Daniel, na rotina de treinos imposta pelo preparador Daniel Pavan.
Nesse exercício, ele salta na caixa e se posiciona para a defesa em um chute a queima-roupa. Daniel entrou no time em 2021 e levou poucos jogos para confirmar todo o que se dizia nos bastidores, de que se tratava do melhor goleiro formado no Beira-Rio desde Alisson.
No último Brasileirão, passaram por Daniel algumas vitórias. Tanto que se coloca também na conta de sua lesão nas costelas, a queda do time na reta final do Brasileirão. Suas defesas, nesta largada de 2022, mostram que ele mantém o alto nível. Não fosse ele, a passagem por Erechim teria sido marcada por uma goleada histórica. Com o time ainda carecendo de ajustes, Daniel é o goleiro com mais defesas difíceis neste Gauchão, segundo o Footstats. São oito, cinco a mais do que fez Edson, o segundo no ranking. Aliás, Daniel fez, no total, oito defesas no Gauchão. Todas classificadas como difíceis.