O Grêmio está em sua quinta final de Libertadores. São apenas 180 minutos até o tri da América, o correspondente a três horas. A vaga veio, e a euforia foi tamanha na Arena, lotada por 54,1 mil pessoas que a derrota de 1 a 0 para o Barcelona-EQU passou despercebida. Mas ela deixa lições que precisam ser levadas para a final dos dias 22 e 29 de novembro.
O primeiro tempo gremista foi abaixo da média dos últimos jogos. O time marcou muito na primeira meia hora, mas acabou cedendo algum espaço, permitiu as costuras dos equatorianos e passou por uma apreensão desnecessária contra um adversário que desembarcou em Porto Alegre menos de 20 horas antes do jogo, depois de varar a madrugada em um voo militar.
A escolha por Cícero não funcionou. Além de estar há muito tempo sem jogar, ficou nítida a sua falta de hábito em jogar de costas para o gol, segurando a bola. A entrada de Everton e a mexida nas peças feitas por Renato melhoraram o time.
Para sorte de Renato, a lesão de Barrios foi pequena, e ele estará pronto em, no máximo, duas semanas. O paraguaio é importante pela movimentação, pelos espaços abertos a Luan e por bater com os zagueiros e dar o tempo na frente para a chegada do time.
A vaga na final veio com os bônus conquistados na atuação magistral de Guayaquil. É este Grêmio que precisa aparecer em Porto Alegre, quando precisará encaminhar a conquista do título. Não serão permitidos vacilo. O Lanús mostrou contra o San Lorenzo e na virada espetacular sobre o River que se agiganta em sua La Fortaleza.