De um lado, o Sintergs, que representa os servidores de nível superior do estado. Do outro, a Federasul, que responde por entidades empresariais. Em pauta, o pacote do governo gaúcho que prevê reestruturação de carreiras da administração pública, com reajustes e contratações.
A Federasul manifestou contrariedade com os reajustes neste momento, defendendo mais ajuda do governo federal e mais tempo para analisar as propostas do governo do estado.
— A Federasul não é contra valorizar os servidores. Se tem uma defasagem, precisamos observar isso, vamos ter que repor em algum momento. Tomara que esse momento seja logo, mas no momento em que a arrecadação permitir isso — disse Machado.
A votação está prevista para sexta (19). A entidade chegou a enviar um ofício para o governador Eduardo Leite, reforçando o posicionamento contrário ao momento em que o assunto foi pautado. O debate esquentou, com troca de farpas.
— Para nós, servidores, isso significou um ataque. Um ataque a um segmento da sociedade, são mais de 350 mil matrículas. Um segmento que também é cliente das empresas — rebateu o presidente do Sintergs, Nelcir André Varnier.
Após uma hora de debate, com momentos de tensão, o encerramento foi marcado por cordialidade e até um convite para um almoço no tradicional evento da Federasul, o Tá na Mesa, que reúne lideranças políticas e empresariais para debater questões importantes para o estado.
— Tem que comprar o ingresso, ou tu vai pagar para nós? — brincou Varnier.
— O teu eu pago! — respondeu Machado.
Após o programa, os dois se abraçaram e combinaram detalhes do almoço e de uma reunião institucional entre as duas entidades.