O jornalista Carlos Redel colabora com a colunista Juliana Bublitz, titular deste espaço.
Um dos destaques da minissérie Senna, que é um sucesso na Netflix — sendo, atualmente, a mais assistida no país — é a Xuxa. Na atração, ela é encarnada por Pâmela Tomé. E a semelhança física entre a atriz e a Rainha dos Baixinhos impressionou aos espectadores. Porém, elas têm mais em comum do que apenas a aparência.
— Eu e a Xuxa somos gaúchas. Acho que isso já é uma coincidência muito forte, sabe? Também começamos trabalhando como modelo e viajando pelo mundo cedo. Muitas pessoas me falavam sobre a semelhança física, mesmo antes de fazer a personagem. Um sorriso, uma maneira de falar, a empolgação — conta Pâmela, que é de Caxias do Sul e fez teste para viver a apresentadora. — Foi especial. Eu queria muito fazer essa personagem.
Além das coincidências citadas pela artista, ela ressalta que se conectou muito com a história de Xuxa e se aprofundou nos projetos culturais da Rainha dos Baixinhos, o que foi para a composição da personagem, além de preparação vocal e ensaios de dança:
— Foi muito estudo. Busquei construir essa linha cronológica da vida da Xuxa, com todos os acontecimentos simultâneos de cada período, desde quando ela saiu de Santa Rosa. Mergulhei em todas as vertentes artísticas que ela tem. Assisti a muitos filmes com ela, mesmo os que já tinha assistido. Escutei, incansavelmente, as músicas que me ajudaram muito para construir essa energia, essa atmosfera. Também me ajudaram muito na voz.
A atriz, que tem em seu currículo as novelas Malhação: Seu Lugar no Mundo (2015-2016) e Orgulho e Paixão (2018), além das bíblicas Gênesis (2021) e Reis (2022), para viver Xuxa, relata que também precisou emagrecer e pintar os cabelos para se assemelhar ainda mais fisicamente com a apresentadora nos anos 1980.
— Ter uma personagem que te desafia e exige tanto foi muito prazeroso para mim. Me sinto realizada e muito honrada de fazer parte de uma produção tão grandiosa, que é uma das mais ambiciosas e inovadoras da Netflix Brasil. E ajudar a contar a história de Ayrton Senna tem um lugar afetivo grande no meu coração: minha mãe me apresentou o universo do automobilismo. Eu cresci com ela acordando a hora que fosse para assistir aos treinos e às corridas. O som dos carros nas manhãs de domingo é algo muito familiar para mim — finaliza Pâmela.