O hino do Rio Grande do Sul, como já se sabe, carrega conotações racistas em sua letra. Muito tem se discutido sobre o teor dessas representações que emulam e celebram as práticas escravagistas. Dias atrás, a ministra Rosa Weber evocou um trecho do hino ao tomar posse como presidenta do Supremo Tribunal Federal: “Mas não basta, para ser livre, ser forte, aguerrido e bravo. Povo que não tem virtude acaba por ser escravo”. O trecho em questão permite interpretar que povos escravizados não têm virtudes.
Sirvam nossas façanhas?
Opinião
Povo sem virtude acaba por escravizar: repensar o hino do Rio Grande do Sul é só o começo
É preciso questionar que cultura é essa que celebra o “de modelo a toda terra” e mantém em suas tradições práticas racistas
Jeferson Tenório