Evito comentar detalhes de crimes passionais. Isso porque, além de mórbidos, não envolvem toda a comunidade, mas um pequeno grupo, em geral família, atingido por uma tragédia. Prefiro abordar crime organizado, que influi em todo o estamento da sociedade, do rico ao pobre. Óbvio que estou na contramão do gosto popular e perco cliques ao não comentar barbarismos como o desaparecimento de Miguel dos Santos Rodrigues, sete anos, em Imbé. A mãe, após ser presa, admitiu que dopou, o colocou numa mala e o jogou no Rio Tramandaí. Teria contado com a colaboração da companheira, que também foi presa.
Análise
Um menino candidato a mártir
Trajetória de crueldades a que Miguel Rodrigues foi submetido se equipara a dos suplícios que levaram a Igreja a canonizar muita gente