Presidente da Associação Catarinense de Supermercados (Acats), Alexandre Simioni se mudou para Lajeado, no Vale do Taquari, para turbinar a expansão do Grupo Passarela no Rio Grande do Sul, que a coluna já vem noticiando. Mas, além dos atacarejos do Via Atacadista, a empresa também abrirá supermercado entre as seis lojas previstas para 2025 em um investimento que supera R$ 200 milhões e com geração de 900 empregos. O debate sobre o futuro deste modelo de loja com a avalanche de atacarejos é pauta o setor e até entre consumidores.
Ao podcast Nossa Economia, de GZH, Simioni enfatizou que o modelo do atacarejo se encaixa no momento econômico do país e do poder de compra do consumidor, que procura mais economia para conseguir encher o carrinho. A loja entrega menos serviços e menos variedade de produtos. Os setores perecíveis são mais enxutos, como açougue e padaria.
- O atacarejo tem pego uma parte da fatia do supermercado. Por quê? Eu entendo que o supermercado, na grande maioria, também não conseguiu acompanhar a mudança do perfil de compra do consumidor. Quando o atacarejo evoluiu, passou a oferecer açougue com atendimento, padaria, um belo hortifrúti, ficando parecido com o supermercado e com a vantagem para o bolso do consumidor.
E o que fica para o supermercado?
- Um local para o público que quer um ambiente melhor, com menos ruído, mais atendimento, um mix diferenciado de produtos. Vejo aí a oportunidade do varejo. Se não entregar o que o consumidor da vizinhança quer, ficará como concorrente direto do atacado, já consolidado e maduro.
Como é em Santa Catarina?
- Quem anda pela BR-101, vê a quantidade de atacados. Mas dentro das cidades, pela questão da mobilidade também, pequenos supermercados estão com bom desempenho, porque acabam sendo loja de vizinhança e atendem a toda a cesta de compra do consumidor. Então, eu ainda enxergo o modelo supermercado como promissor para os próximos anos.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Maria Clara Centeno (maria.centeno@zerohora.com.br)
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