O preço médio da gasolina comum no Rio Grande do Sul subiu R$ 0,23, o que é mais do que o dobro do aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). O reajuste anual do tributo entrou em vigor em 1º de fevereiro, com uma elevação de R$ 0,10.
Nas distribuidoras, a alta foi de R$ 0,12, segundo levantamento solicitado pela coluna à Receita Estadual. Não houve aumento da gasolina por parte da Petrobras nas refinarias. A estatal elevou apenas o preço do diesel.
Segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), o litro está custando, em média, R$ 6,30. O preço mais alto pago pelos gaúchos foi registrado em novembro de 2021, quando chegou a R$ 7,10.
Na média nacional, o preço da gasolina está em R$ 6,35, um pouco acima do Rio Grande do Sul. A elevação após o reajuste do ICMS foi de R$ 0,15, também acima do aumento do tributo.
Presidente do Sulpetro - que representa os postos de combustíveis, João Carlos Dal'Acqua pondera que alguns estabelecimentos precisam mesmo recompor margens de ganhos e sinaliza que quem não precisa baixará por ajuste no mercado.
- Já se percebe em alguns locais uma pressão de baixa nos postos, como geralmente acontece - argumenta - A margem bruta está em R$ 0,80, valor do qual o revendedor tira todas suas despesas, enquanto governos tiram R$ 1,47 de ICMS e R$ 0,70 de Pis/Cofins.
Ele volta a dizer também para que o consumidor desconfie de preços artificialmente baixos, pois podem comprometer a qualidade do combustível.
Impacto na inflação
A gasolina pesa bastante no orçamento das famílias e, portanto, na inflação. Este aumento aparecerá nos índices de fevereiro, que serão divulgados nas próximas semanas pelo IBGE.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Diogo Duarte (diogo.duarte@zerohora.com.br)
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