Está prevista para o início do segundo trimestre a licitação da área no porto de Rio Grande na qual a chilena CPMC quer instalar um terminal de exportação de celulose. A previsão foi dada à coluna pelo presidente da Portos RS, Cristiano Klinger, e pelo gerente de Planejamento e Desenvolvimento da autoridade portuária, Fernando Estima, em reunião aqui em Rio Grande.
A disputa ocorrer e uma empresa parceira da CMPC vencer são essenciais para sair o complexo industrial de R$ 24 bilhões da empresa em Barra do Ribeiro, maior investimento da história do Rio Grande do Sul. Já hoje, 96% do que produz em Guaíba é vendido ao Exterior, com um volume que será muito maior com a nova unidade.
A outorga terá lance inicial de R$ 142,7 milhões, valor que a Portos RS usará para aprofundar o calado do cais público. Além disso, é necessário mostrar capacidade para fazer o investimento de R$ 700 milhões para construir o terminal na área.
Este passo demorou porque foram necessários andamentos na Secretaria de Patrimônio da União (SPU), que estão sendo finalizados em paralelo com parecer favorável à retomada da área pelo Estado para a realização do leilão. O órgão enviou nesta semana à Portos RS um ofício pedindo complementação de dados para encaminhar a regularização final da área, que deixará de ter destinação para estrutura naval e passará a terminal de exportação geral, preferencialmente de celulose.
Quanto à nova fábrica da CMPC, estão sendo encaminhados os pedidos de licenciamento ambiental. O objetivo é iniciar a obra em 2026, gerando mais de 10 mil empregos, para começar a produção de celulose em 2029, com até 5 mil postos de trabalho diretos e indiretos.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Diogo Duarte (diogo.duarte@zerohora.com.br)
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