Não tem explicação, além de muita especulação, para o ovo ter ficado 50% mais caro na semana passada para o consumidor. Já se sabia que a crise do alimento nos Estados Unidos e a queda de produção com o excesso de calor no Rio Grande do Sul elevariam preços, mas não nesta magnitude. Em poucos dias, o aumento atingiu 10 vezes a inflação de um ano todo.
Representando o varejo, a Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) havia projetado que o aumento fosse de 30%, ou seja, alto, mas bem inferior do que tem sido encontrado em algumas prateleiras. Pela indústria, a Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) diz que esta disparada "foge" do seu sistema de comercialização, pois sabe dos custos "dentro da porteira".
Ao consumidor, cabe evitar a compra de locais onde a alta foi muito intensa. Em uma pesquisa rápida em supermercados que vendem pela internet, a coluna encontrou o ovo branco a R$ 0,80. Já o caipira mais barato neste rápido levantamento custava R$ 1,28.
Crise norte-americana
Além da disparada no preço, a crise do ovo nos Estados Unidos já provoca falta do alimento em alguns locais daquele e de outros países. Mas aqui no Brasil, não haverá desabastecimento, garante a indústria. A exportação brasileira de ovo aumentou, especialmente para países que compram dos norte-americanos. Por lá, milhões de galinhas foram abatidas devido à gripe aviária. Aqui no Rio Grande do Sul, o excesso de calor faz as aves comerem menos, o que reduz a produção. A Asgav acredita que o mercado mundial vai levar de dois a três meses para se normalizar.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br)
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