Para esclarecer: a economia com o horário de verão seria de até R$ 356 milhões no período de agora, que pega o final de 2024 e o início de 2025, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
O R$ 1,8 bilhão, montante divulgado em alguns sites, é a projeção de economia para a partir de 2026. A discussão é sensível e, para evitar confusão, a coluna, após ter lido o relatório técnico entregue ao governo federal, confirmou esses dados diretamente com o ONS.
A economia financeira de "quase R$ 400 milhões" já foi suficiente para levar o operador nacional a recomendar que o presidente Lula retome o horário de verão. O entendimento é de que ele conseguiria distribuir melhor o consumo ao longo do dia, reduzindo o pico que sobrecarrega o sistema, e permitindo que parte dele ocorra quando ainda há geração de energia solar e eólica.
Mas o que é esta cifra bilionária que aparece no relatório, então? É uma estimativa – ainda bem inicial – de economia anual para a partir de 2026, quando um cenário projetado poderia exigir que se acionasse a energia reserva mais cara de térmicas contratadas no leilão de 2021. Muita coisa pode acontecer até lá, sem ter sido captado pelo atual modelo econômico usado na previsão .O clima tende a mudar mais, o perfil de consumo também, além da matriz da geração de energia e de tantos outros fatores.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br) Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br) Leia aqui outras notícias da coluna