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A maior surpresa entre os 24 sindicatos empresariais que assinaram o documento que propõe ao governo gaúcho subir a 19% o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) ao invés de cortar incentivos fiscais foi a assinatura da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas). A entidade tem sido crítica ferrenha de aumento de carga tributária e intensificou a campanha quando os alimentos passaram a ser o alvo. A coluna questionou o presidente da Agas, Antônio Cesa Longo:
— Entre o pior e o menos pior, fomos obrigados a ficar com o menos pior. Precisamos apoiar nosso produtor e nosso fornecedor. Não pude olhar para nosso umbigo, tivemos que ser solidários a eles — citando produtores menores do setor primário, como leite e hortigranjeiros, que mais são sensíveis ao corte de incentivos e que assinaram o documento.
Ao ser perguntado sobre os 19% que tanto desconforto geraram nas federações e demais associações empresariais, Longo diz que a ideia é suspender os decretos e negociar uma alíquota menor do que esta.
Sobre a divergência empresarial que está posta à mesa, leia: Alta do ICMS: como o empresariado gaúcho se dividiu
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Vitor Netto (vitor.netto@rdgaucha.com.br e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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