Está atrasado o pagamento das parcelas das verbas rescisórias a ex-funcionários da Languiru, cooperativa que enfrenta uma crise bilionária. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias e Cooperativas da Alimentação de Teutônia, onde fica a sede, não foram pagos valores que deveriam ter sido depositados ainda no início de janeiro.
Sem previsão de que a Languiru consiga quitar os débitos, foi acertada em reunião com sindicatos de trabalhadores uma multa de 20% para cada parcela atrasada. A cooperativa disse às entidades que, para iniciar o pagamento, precisa de uma captação financeira com bancos, começar na segunda-feira (12) o abate de aves para a JBS industrializar e efetivar a venda do frigorífico de suínos para a empresa, o que depende ainda de aprovação de lei estadual.
— Não vamos entrar na Justiça porque levaria um tempo ainda maior. A Languiru tem vontade de pagar, mas não tem caixa — diz o presidente do sindicato de Teutônia, Pedro Mallmann.
Em nota, Languiru diz que espera pagar os trabalhadores o mais rápido possível e que busca alternativas. Já foram quitados R$ 7 milhões, mas faltam outros R$ 14 milhões, conforme o sindicalista de Teutônia. Com as duas próximas parcelas pagas, a maior parte dos contratos será regularizada.
Logo que assumiu o cargo, em 2023, Paulo Birck deu entrevista à Rádio Gaúcha, na qual avisou que a cooperativa teria que enxugar a operação. A dívida já superava R$ 1 bilhão. Recentemente, a Languiru chegou a fechar seis supermercados. Relembre: "Não será fácil, vamos encolher", diz novo presidente da Languiru sobre crise da cooperativa
Colaborou Guilherme Gonçalves
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Vitor Netto (vitor.netto@rdgaucha.com.br e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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