Entre outros setores, a proposta de reforma tributária deixou o mercado imobiliário em alerta. Em entrevista ao Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), José Carlos Martins, já alertou já para aumento do preço dos imóveis.
Se for aprovada esta reforma, o preço dos imóveis novos subirá?
Se chegar nesta tarifa dos 25%, subiria em torno de 15% a 17%. Precisamos crescer, mas desestimularia o investimento. Hoje, a construção civil participa no bolo do PIB do Brasil com 3%, enquanto países como Estados Unidos e os da Europa estão na faixa de 6% a 7%. Por isso, teve a sensibilidade do Congresso de criar um regime especial. Nos preocupa quando taxa de mão de obra, que é o que o Brasil tem de menos competitivo no mundo. A previdência será taxada e ela incide sobre o salário.
O aumento de preço seria provocado por elevação de tributos da folha?
Pela mão de obra e pelo custo financeiro, que é muito grande, porque é um produto de longo prazo, e principalmente por causa do terreno. Quando fazemos uma análise inicial, ela era com o terreno valendo 15% do valor de venda, mas existem locais, principalmente imóveis de maior valor em cidades como Brasília, cidades litorâneas, cujo terreno chega a 40%, 50% do valor de venda. Isso não tem crédito.
Ouça a entrevista na íntegra:
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
Leia aqui outras notícias da coluna