A indústria gaúcha cresceu em março, mas a preocupação segue. Segundo o dado do IBGE, o avanço sobre fevereiro foi de 5,6%. Porém, ele ocorre sobre uma base baixa, tanto que foi puxado pelo segmento de veículos automotores. No mês anterior, a General Motors (GM) deu férias coletivas em Gravataí e qualquer oscilação na sua produção mexe com o indicador estadual.
O avanço elimina somente parte da perda dos dois primeiros meses do ano, quando o Rio Grande do Sul teve o maior corte de produção industrial do país. O trimestre segue negativo em 9,2%. Sobre março do ano passado, o recuo é de 6,5%, puxado por derivados de petróleo e metalurgia. Na avaliação do IBGE, o motivo é incerteza.
Com altos e baixos mensais, varejo e serviços ainda ficaram positivos em março e no trimestre. No Rio Grande do Sul, o volume de serviços avançou 2,8% sobre fevereiro e 8,1% no trimestre. Já o varejo cresceu 1,9% no mês e 6,1% de janeiro a março. Nos setores, o que se fala é que o comportamento está bastante heterogêneo entre os segmentos. Alguns seguem bem por venderem o que não costuma deixar de ser comprado, mesmo quando as famílias perdem poder aquisitivo, como supermercados e farmácias.
Por outro lado, o varejo ampliado recuou 4%. Ele inclui venda de veículos, atacarejos e material de construção. O último segmento tem visto as vendas caírem, após terem disparado no auge da pandemia. Especialmente, redes que vendem para as classes C, D e E.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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