Alerta para a inadimplência no Rio Grande do Sul, que está subindo. Segundo o dado da Serasa Experian, 3,092 milhões de gaúchos estavam com dívidas atrasadas em abril. Isso representa 34,6% da população adulta no Estado.
Pelo monitoramento da Serasa, mais de 173 mil pessoas ficaram inadimplentes desde o início do ano. Alguns fatores ajudam a explicar a situação, como o período em que o pagamento do auxílio emergencial ficou interrompido.
No entanto, há outras questões que impactam, em especial, a classe média. Uma delas é o fim do prazo de carência de empréstimos renegociados em 2020, quando a prática foi estimulada pelas instituições financeiras. Inclusive, a suspensão do financiamento imobiliário, que volta com prestações mais altas.
Além disso, muitas contas e despesas estão com reajustes altos. Várias delas são indexadas por indicadores de inflação que está nos dois dígitos. Para a maioria das famílias, o aumento da renda, quando há, não ocorre na mesma proporção. Inflação corrói a renda. Em especial, dos mais pobres.
Aliás, veja aqui se o juro da sua dívida não está alto demais.
O alerta fica para o impacto disso nas taxas de juro. Em alta no país todo, a inadimplência é um dos componentes usados pelos bancos para defini-las, pois embute o risco de a dívida não ser paga. Lembrando que o Banco Central deu início à elevação da taxa de juro Selic, referência da economia brasileira, e o movimento deve continuar nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom).
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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