O Rio Grande do Sul fecha 2020 como o terceiro maior gerador de energia solar "caseira". A potência instalada de geração distribuída fica em 531,9 MW no território gaúcho, 12,5% do total do país. O Estado chegou a ficar, em alguns momentos do ano, em segundo no ranking nacional, posição que disputa com São Paulo. Em primeiro, segue Minas Gerais, com ampla vantagem.
Participação dos principais Estados geradores no total do Brasil de energia fotovoltaica, que tem origem na luz solar:
1 - Minas Gerais 19,2%
2 - São Paulo 12,6%
3 - Rio Grande do Sul 12,5%
4 - Mato Grosso 7,4%
5 - Paraná 6,6%
Fonte: Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)
No ano, a instalação equipamentos de energia solar cresceu 70% no país. Ficou um pouco abaixo do previsto, devido à pandemia. Mas a situação virou depois, com uma recuperação acelerada. Destaque para a geração distribuída, crescendo mais do que grandes usinas.
E houve uma intensificação na busca por equipamentos de energia solar nas últimas semanas. A bandeira vermelha patamar 2 que gerou cobrança extra na conta de luz contribuiu, provocando um susto ainda maior em quem teve o reajuste da CEEE em novembro aqui no Rio Grande do Sul. Mas Alan Spier, empresário do setor e sócio da Ecosul, também cita a isenção do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre financiamentos, que termina agora em dezembro. O governo federal chegou a antecipar o fim do benefício e, antes de voltar atrás, houve uma corrida para tomar o crédito. Muitos equipamentos de energia solar são financiados pelos clientes.
- Quando o governo anunciou que a isenção terminaria no dia seguinte, os bancos voaram tentando liberar o que tinham na fila. Foi recorde histórico de liberação de recursos. Recebemos dos bancos em um dia o equivalente a 20 dias normais conta o sócio da Ecosul, empresa de Nova Petrópolis, na serra gaúcha.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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