Após meses complicados para um dos setores mais impactados pela pandemia, a hotelaria começa a se animar. O alívio misturado até com euforia começou no feriado de 7 de setembro, conta o diretor-executivo da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis no Rio Grande do Sul (ABIH-RS), José Justo. Ele conversou com a coluna na manhã desta terça-feira (22) direto do saguão de um hotel em Porto Alegre, onde fica em um quarto que permite a ele observar o movimento na pista do aeroporto Salgado Filho. Morador da serra gaúcha, contou que está na Capital para visitar empreendimentos em obras.
Justo projeta a inauguração de, pelo menos, 10 hotéis no Rio Grande do Sul em 2021. Segundo o monitoramento da entidade, cinco ficarão em Gramado, um ou dois em Canela, outro em Santa Maria e tem mais um previsto para Santana do Livramento. Na Capital, há possibilidade de quatro ou cinco inaugurações, mas alguns dos empreendimentos dependem de aporte financeiro de investidores.
- Esse de Livramento é o Laghetto, no complexo de águas termais Amsterland. Esse empreendimento é como uma "Las Vegas" no Rio Grande do Sul - comenta o diretor, se referindo ao complexo de atrações turísticas em uma região mais afastada dos destinos tradicionais. Acrescenta que a movimentação de free shops já gerou a criação de 700 hospedagens na região.
Em Porto Alegre, o diretor da ABIH-RS destaca a obra do Hilton, na Zona Sul. Segundo ele, foi finalizada a última laje do prédio.
- Na construção, dizemos que, quando concreta a última laje, não tem mais jeito. A obra tem que ficar pronta.
Os hotéis têm informado ocupação de 30%, o que não remunera a operação. Paga tributos e outras contas essenciais, mas sustenta a folha de pagamento apenas com equipe reduzida.
- Teremos novos hotéis, o que é bom, sinaliza confiança na retomada. Mas precisamos de hóspedes. O movimento de 7 de setembro e outros sinais que vemos neste mês estão animando muito o setor - comenta o diretor, que costuma fazer análises bastante lúcidas e ponderadas para a coluna sobre o momento do setor hoteleiro.
Além de um movimento de compra, a associação de hotéis tem observado um momento grande de arrendamentos. São mais de 50 já, comenta o diretor. O mecanismo funciona com a cessão da propriedade para outra pessoa ou empresa operar, enquanto o dono é remunerado por isso.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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