Uma das principais dúvidas em relação à pandemia de coronavírus e às medidas de isolamento social é em relação ao pagamento de contas, como mensalidades do plano de saúde, boletos de lojas e financiamentos imobiliários. Empresas também estão com o mesmo questionamento. A coluna separou como está a situação do pagamento de contas em alguns casos específicos. Confira:
Água e luz
Algumas companhias de fornecimento de água e de luz tomaram decisões para minimizar o impacto da crise. Houve adiamentos e a possibilidade de não cortar o fornecimento de água e luz por falta de pagamento. É importante destacar, porém, que mesmo não havendo corte, a conta continua atrasada, ou seja, terá cobranças de encargos.
Financiamento imobiliário
A Caixa Econômica Federal anunciou a possibilidade de suspensão da cobrança de parcelas do financiamento imobiliário por até 90 dias. Várias pessoas estão relatando dificuldade de optar por isso. Em nota, a Caixa disse que em decorrência do grande volume de acessos, pode haver intermitência momentânea nos canais de atendimento. As prestações pausadas serão incorporadas ao saldo devedor e diluídas no prazo remanescente do contrato.
Carnês e cartões de lojas
Lojas costumam vender a prazo e as pessoas têm carnês e cartões de loja. Caso não consiga abrir sua unidade física, as lojas precisam oferecer outra forma de pagamento. Isso deve ser informado no site, nas redes sociais, por telefone. O consumidor precisa ter acesso a essa informação e saber como pagar o seu boleto. Se, por acaso, a loja não disponibilizar alguma outra forma de pagamento que não seja ir até o local, a cobrança não poderá ser feita nesse período.
Planos de saúde
Os planos de saúde são muito importantes nessa época. Alguns aderiram a um termo da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que regula o setor, e não suspenderão a cobertura por inadimplência até 30 de junho, inicialmente. A adesão foi pequena, no entanto, e pode ser uma boa dica observar as operadoras que aceitaram a flexibilização para eventuais trocas de prestadores de serviço.
Dívidas com banco
Os bancos ofereceram a possibilidade de renegociar dívidas para que não sejam pagas por um período de 60 dias. Em um primeiro momento, se falou em prorrogação do vencimento, mas o que está acontecendo é uma nova operação de crédito. Conforme sinalizou o advogado e ex-diretor do Procon de Porto Alegre, Cauê Vieira, em transmissão ao vivo feita no Instagram de GaúchaZH, é preciso prestar atenção em relação ao custo dessa nova operação. Alguns bancos estão querendo oferecer a mesma condição da operação original. Só que, às vezes, ela foi feita em um momento de juro alto. Então, pode ser que uma nova operação de crédito, nesse momento, saia até mais barata. É importante fazer a comparação pedindo para o gerente do seu banco o chamado CET, que é o Custo Efetivo Total, que reúne não só a taxa de juro, mas qualquer outra taxa que é cobrada em uma operação de crédito.
Tributos adiados
Em relação a tributos adiados, em especial os federais, é necessário que você converse com seu contator ou advogado para saber exatamente quais são os novos prazos. Houve alterações de prazos de recolhimento, em especial, para pequenas empresas enquadradas no Simples Nacional.
Este foi o tema do Seu Dinheiro Vale Mais desta semana. O programa de finanças pessoais do Instagram de GaúchaZH tem episódios novos todas às quintas-feiras. Assista:
A coluna também conversou sobre este assunto com o advogado especialista em relações de consumo , Cauê Vieira, para a transmissão ao vivo do Seu Dinheiro Vale Mais, que vai ao ar nas quartas-feiras, às 14h, no Instagram de GaúchaZH. Confira:
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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