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Fabricante de calçados em couro com 14 plantas industriais no Rio Grande do Sul, o Grupo Bottero está investindo em sustentabilidade. O conjunto das ações já resulta na reciclagem de 60 toneladas de resíduos ao mês. Com esse valor, a organização atingiu 97% de resíduos reciclados, em um processo que abrange todo o parque fabril. Aliás, inclui até mesmo o refeitório.
O maior descarte, claro, é de couro, que é orgânico. E o que faltou para atingir os 100%? A conta não inclui - ainda - os lixos de banheiro, algumas sobras de alimentos do refeitório e, eventualmente, materiais específicos de escritório.
O destino do material coletado é diverso. Parte do que antes era lixo se transforma em palmilhas usadas nos próprios calçados, na parceria com a empresa Ambiente Verde. Outra boa parcela é transformada em combustível, usado nos fornos de cimento, o que é possível com a Fundação Proamb. Há também um projeto que destina 12 toneladas de resíduos de couro por mês para a empresa Ilsa, que os transforma em fertilizante. Além disso, a empresa também está trabalhando na redução de lixo:
— Somente neste ano, por exemplo, já economizamos mais de 3 mil metros de couro com o novo sistema de corte e treinamento dos funcionários — destaca o diretor industrial do Grupo Bottero,Luiz André Simon.
Lembrando que o grupo tem sede em Parobé e produz 20 mil pares de calçado por dia. Calçados da Bottero são vendidos em mais de cinco mil pontos no Brasil, além da exportação para 37 países.
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Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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