Para o leitor da coluna, já está até cansativo ler que a queda no juro básico da economia brasileira tirou a rentabilidade de investimentos e, para alcançar um retorno maior, é preciso arriscar mais. Mas uma das dúvidas que temos recebido é sobre o que fazer como dinheiro que está na renda fixa, como são chamadas as aplicações financeiras com prazo e formas de remuneração já definidos. Temos como exemplos os CDBs, LCIs, LCAs, fundos de renda fixa, títulos do Tesouro Direto, debêntures e até mesmo a caderneta de poupança.
Antes de sacar todo o dinheiro, tenha em mente que, apesar do juro ser o mais baixo da história no país, a renda fixa não morreu e está longe disso. Em entrevista ao programa Acerto de Contas (domingos, às 6h, na Rádio Gaúcha), o consultor financeiro Andre Massaro lembra que a renda fixa segue existindo em países com taxas bem menores do que as brasileiras, inclusive negativas.
— E nem vai morrer tão cedo. Tem coisas no mundo dos investimentos que só pode se fazer com a renda fixa — complemente Massaro.
Em primeiro lugar, a renda fixa é insubstituível, por exemplo, para uma reserva de emergência. Isso porque esse dinheiro precisa estar disponível o tempo todo e ter liquidez imediata, para ser sacado a qualquer momento em que for necessário.
— Não pode estar sujeito a perdas com flutuações de mercado — comenta o consultor.
Para se ter uma ideia do tamanho ideal de uma reserva de emergência, especialistas falam que deve suprir seis meses de gastos da família. É usada para imprevistos, como quando o investidor fica desempregado.
Em segundo lugar, Massaro também diz que a renda fixa funciona como um "para-choque" dos investimentos. Ou seja, são aplicações que variam pouco, tanto para cima quanto para baixo, e, portanto, amortecem a volatilidade.
Mas a fatia de investimentos na renda fixa diminui dentro do total da carteira de aplicações financeiras? O consultor diz que não necessariamente:
— Depende das expectativas do investidor. Lembrando, claro, que ele não costuma conviver bem com a perda de rentabilidade.
Na entrevista, Massaro também explica que a poupança não é o investimento mais seguro do país. Saiba mais, no programa Acerto de Contas. Domingos, às 6h, na Rádio Gaúcha. Ouça aqui:
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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