Empresa com duas décadas de mercado, a Vital Pães buscava há dois anos uma área para ampliar os negócios. Com restrições para aumentar a fábrica de Porto Alegre, cogitou construir no antigo terreno da Ford em Guaíba. Atribuindo à demora nas licenças, o diretor-presidente, Paulo Wasielewsky, bateu o martelo agora por Cachoeirinha, também na Região Metropolitana.
A nova fábrica começa a ser construída em junho de 2019. A área já foi comprada e pertencia à metalúrgica Koch, que fornecia à Petrobras e está diminuindo de tamanho. O investimento será de R$ 40 milhões.
A operação terá 700 postos de trabalho. Serão 500 novos empregos e cerca de 200 funcionários que serão transferidos da fábrica de Porto Alegre, que será desativada. Prefeito de Cachoeirinha, Miki Breier vibra com as vagas e lembra que a saída da fabricante de cigarros Souza Cruz teve forte impacto na economia do município, sendo que a empresa tinha 230 funcionários.
A Vital quer começar logo a vender pães também para Santa Catarina e Paraná. A nova fábrica terá 13 mil metros quadrados, contra os 3 mil da unidade atual. Apostando na demanda nova dos supermercados, a empresa também irá fornecer frios fatiados e embalados.
Além da indústria, a empresa também atua no varejo. Tem 17 lojas próprias e a meta é atingir 100 pontos de venda em 2022. Não só no Rio Grande do Sul, já que Paulo Wasielewsky quer "invadir" os mercados de Santa Catarina, Paraná e São Paulo.
- Temos 26 pães nas lojas e mais 46 produtos terceirizados. A ideia das lojas surgiu porque os clientes estavam indo na fábrica comprar. O consumidor quer preço mais baixo e, nas nossas lojas, conseguimos oferecer valores até 50% inferiores - garante o diretor-presidente, Paulo Wasielewsky.
Além do preço, o empresário diz que as pessoas valorizam o pão fresco. A nova fábrica chega com a meta de tirar os conservantes de todos os produtos da Vital, além de metade já ser integral.
- Há marcas que vêm com validade de 90 dias, mas o consumidor quer pão fresco. Nosso produto dura de dez a 12 dias, mas porque estamos eliminando os conservantes. Já tiramos, por exemplo, da bisnaguinha, pão tradicional oferecido para crianças - reforça o executivo.
O faturamento da Vital gira em torno de R$ 40 milhões ao ano. A nova fábrica em plena capacidade aumentará esta cifra para até R$ 200 milhões por ano.
Ouça entrevista no programa Acerto de Contas. Domingos, às 6h, na Rádio Gaúcha: