O Dieese divulgou a projeção de injeção do décimo terceiro salário na economia do Rio Grande do Sul. Para 2017, a aposta é de R$ 13 bilhões.
Tradicionalmente, o dinheiro é usado para pagar contas e para consumir. A primeira parcela, em geral, é considerada quase toda para quitar dívidas.
Ainda assim, o presidente da Associação Gaúcha para Desenvolvimento do Varejo estima que o comércio possa abocanhar pouco mais de 60% desse montante, ou seja, cerca de R$ 8 bilhões. Aliás, Vilson Noer diz que, confirmado este valor, salvaria as vendas de Natal.
— Será uma injeção salvadora das vendas de Natal. Impressionante como as pessoas não têm reserva financeira. Foi o que aconteceu com o FGTS. Quando a liberação acabou, as vendas começaram a patinar — analisou o presidente da AGV.
No Rio Grande do Sul, 5,6 milhões devem receber o décimo terceiro salário. A distribuição: os empregados formalizados ficam com 63,0% (R$ 8,2 bilhões) e os beneficiários do INSS, com 27,2% (R$ 3,5 bilhões). Os aposentados e pensionistas do Estado terão 8% (R$ 1 bilhão), enquanto os aposentados e pensionistas dos municípios receberão 1,7% (R$ 221,5 milhões). Aos empregados domésticos, será destinado 1% ou R$ 127,7 milhões. O Rio Grande do Sul registra valor médio para o rendimento de R$ 2.079,89.
A primeira parcela deve ser depositada na conta do trabalhador até o dia 30 de novembro. A segunda parcela, na qual há descontos de INSS e Imposto de Renda, deve ser paga até 20 de dezembro.