Na entrevista desta quarta-feira (9), o presidente Romildo Bolzan deu uma entrevista esclarecedora, e confirmou que o Grêmio fez uma consulta sobre a possibilidade de contratar Cavani, mas que "não tem a mínima possibilidade de andar a negociação".
O fato é que, mesmo sabendo da dificuldade, a direção gremista buscou informações e manifestou efetivamente interesse na contratação durante o contato que foi mantido com o Walter Guglielmone, irmão e empresário do atacante.
Mais do que isso, valores foram discutidos. Pelo que recebi de informações, o Grêmio apresentou o seu limite financeiro nesta negociação. E também ouviu o patamar salarial com o qual Cavani trabalha na Europa.
A diferença é absurda. Cavani recebia no PSG algo em torno de R$ 7,5 milhões mensais. Pelo que eu apurei, ele aceitaria receber R$ 6 milhões mensais caso permaneça na Europa.
A direção gremista não fala em valores, mas se sabe que é impossível pagar mais do que R$ 2 milhões por mês para o atacante, entre luvas e salários. Em um contrato de três anos, que é o que o uruguaio deseja, a diferença entre o que ele poderia receber na Europa e o que ganharia aqui seria de R$ 144 milhões. Este é o valor que ele teria de abrir mão.
Por isso que a direção gremista considera o negócio como muito difícil. Mas não impossível. Cavani já deu sinais de que gostaria de voltar para a América do Sul e ficar perto da sua casa em Salto, no Uruguai. Aos 33 anos, já acumulou cerca de R$ 750 milhões na carreira.
Depois de mais de dois meses de mistério, a definição deve ocorrer durante o mês de setembro, pois o prazo final de inscrições na Liga dos Campeões é no dia 5 de outubro.