Durante o mês de maio, começaram a surgir as primeiras especulações sobre a possibilidade de a Libertadores ser concluída em sede única, por causa das dificuldades de voos entre os países da América do Sul com a pandemia do coronavírus.
Na última semana, as informações se intensificaram por causa da movimentação do governo do Uruguai para tentar receber o restante da Libertadores. A ideia surgiu através de reuniões entre Ignacio Alonso, presidente da Associação Uruguaia de Futebol, e integrantes do primeiro escalão do governo do país. A ideia já tem o apoio do presidente uruguaio, Luis Lacalle Pou, e foi levada ao presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez.
Durante o final de semana, conversei com alguns diretores da Conmebol. A tentativa do Uruguai foi confirmada. E mais do que isso, outros países, como o Paraguai, também se movimentaram para tentar receber os jogos da Libertadores e Copa Sul-Americana.
Mas a questão é que, pelo menos por enquanto, a Conmebol não trabalha com esta ideia. A avaliação segue a mesma: realizar a Libertadores em sede única é inviável. Seria necessário levar 32 times para um país, com estrutura de hotéis, campos de treinamentos e estádios para dezenas de jogos.
A entidade permanece trabalhando com o objetivo de retomar a Libertadores com o mesmo formato de disputa. E, para isso, está disposta a esperar até o final do ano, mesmo que para isso seja preciso concluir a competição somente nos primeiros meses de 2021.
Esta é a posição hoje. Mas eu não descartaria, se a situação do combate ao coronavírus não evoluir até o final do ano, a possibilidade de mudança de ideia. Se isto ocorrer, poderemos ter um Gre-Nal no Uruguai na fase de grupos da Libertadores.