A equipe de defesa de Ronaldinho Gaúcho protocolou mais um recurso para tentar tirar o ex-jogador da prisão domiciliar no Paraguai. Após várias tentativas negadas pela justiça, esta é a última cartada. Se não der certo, será muito difícil acreditar que os irmãos Assis Moreira deixem o país antes do final do período de prisão preventiva, previsto para terminar no início de setembro.
No momento, já está tramitando o recurso que pede revisão da decisão de 10 de julho, quando o tribunal recusou a liberação. Como não houve unanimidade na Quarta Câmara do Tribunal de Recursos, foi feito o novo pedido.
No recurso inicial da defesa, a alegação é de que o "processo é nulo", que a prisão é "arbitrária", "ilegítima" e "infundada" e solicita a "imediata liberdade". A íntegra da documentação foi publicada por GaúchaZH.
A nova decisão deverá ser conhecida em breve. Até agora, já são 148 dias de detenção no Paraguai (32 dias na Agrupación Especializada da Polícia Nacional e 116 dias no Hotel Palmaroga). A indignação é enorme. Por enquanto, os irmãos Assis Moreira mostram cautela nas manifestações públicas, mas quando eles forem liberados não se pode descartar uma ação com pedido de reparação.
Nesta semana, o caso ganhou um novo capítulo, após a manifestação do advogado da empresária Dalia López, que segue foragida. Marcos Estigarribia, que representa Dalia, conversou com jornalistas da Rádio ABC 730 e disse que sua cliente recebeu ameaças de morte. E foi além ao dizer que "existe um preço pela cabeça" de Dalia e citou "envolvimento de forças políticas".
O Ministério Público investiga se existe a ligação de Ronaldinho e Assis em um suposto esquema de lavagem de dinheiro que seria comandado pela empresária. Nas últimas semanas, tentei com insistência o contato com integrantes do MP do Paraguai para saber com andam as investigações, mas eles não preferem o silêncio neste momento.
A alegação da defesa dos irmãos é de que o único delito cometido foi a utilização dos passaportes falsos. E isto foi confessado desde o início. Agora resta esperar a decisão dos próximos dias ou aguardar 4 de setembro, quando termina o período de prisão preventiva.