Existe uma contratação que está caindo de maduro para o Inter em 2021. Independentemente do próximo presidente, a volta de Tinga ao Beira-Rio precisa ser uma unanimidade. Até agora, foram duas passagens pelo clube, com dois títulos de Libertadores. A terceira, se acontecer, será como dirigente.
Na última sexta-feira (24), conversei com ele em uma live em Gaúcha ZH. Tinga voltou a se declarar colorado e fez a seguinte frase: “Não quero sair desse mundo sem um dia poder fazer parte do Inter”.
Ficou muito claro que ele tem o objetivo de voltar a trabalhar no clube. Mas não imediatamente, já que tem os seus negócios, como uma agência de turismo e uma linha de roupas, além das suas palestras pelo Brasil.
Conversando com Tinga, é possível perceber que ele tem ótimas ideias e pode representar uma mudança no modelo de administração. Ele não se vê no tradicional cargo de diretor executivo, até porque o Inter está muito bem servido com Rodrigo Caetano, mas sim em uma função diferente, trabalhando muito a relação institucional.
Desde que parou de jogar, Tinga ampliou sua rede de relacionamentos. Durante a live, fez outra frase interessante: “Eu não tenho 100 milhões de seguidores, mas tenho 100 contatos que podem me ajudar a propor coisas. Não sei o nome do cargo, mas penso que posso agregar mais do que contratar ou não jogadores.” Foi com esta rede de relacionamentos que ele alavancou o projeto Fome de Aprender, que alcançou repercussão mundial.
É importante ressaltar que o ex-jogador não sabe quando pretende voltar a trabalhar com futebol. Isto depende também das suas outras atividades profissionais. Talvez Tinga nem possa aceitar um eventual convite para 2021, mas seria interessante verificar esta possibilidade.
Nas últimas semanas, ele recusou um convite para integrar o governo Bolsonaro e ser o novo Secretário Nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor do Ministério da Cidadania. A política não está no seu projeto de vida, mas o Inter está.